[Cinema] O Labirinto do Fauno
- Elisa Flemer
- 9 de out. de 2015
- 3 min de leitura

Título: O Labirinto do Fauno
Dirigido por: Guillermo del Toro
Protagonistas: Ofelia (Ivana Baquero)
Gênero: Fantasia
Ano: 2006
Duração: 1h52m
Resenha
Confesso que nunca tinha ouvido falar desse filme até achá-lo na lista de fantasia da Netflix. À princípio, pensei que fosse ser mais um filme bobo de sessão da tarde... Como eu estava errada!
O Labirinto do Fauno é uma mistura de fantasia com drama, que apesar de conter cenas (supostamente) para crianças, torna-se pesado e bem adulto.
Conta a história de Ofélia, uma garota de dez anos corajosa e sonhadora. Passa-se na Espanha, em 1944, logo após a Guerra Civil, o que já nos dá uma ideia do quão adulto o filme vai ser.
Ofélia e sua mãe, Carmem (que está grávida), mudam-se para o norte de Navarra, região onde rebeldes ainda lutam contra a Espanha fascista. Lá, o capitão das tropas, novo marido de Carmem, as espera.
Já na nova casa, Ofélia não aceita bem o novo padrasto, e faz amizade com a jovem cozinheira Mercedes. A menina também encontra um pequeno ser alado (uma fada?), que a leva até o subsolo da propriedade, onde ela conhece o fauno.

Nesse momento, a maioria das pessoas lembrará da narração do início do filme, onde a garota conta a história de uma princesa do Submundo que queria ser humana, mas devido ao sol do exterior, perdeu a memória e morreu na miséria, deixando sua alma presa entre nós.
Bem, o fauno diz ser um enviado do rei do tal Submundo, que passou séculos abrindo portais em busca de sua filha perdida. De acordo com ele, Ofélia é a tal princesa, mas para reivindicar sua verdadeira natureza, precisa passar por três provas, para mostrar que não perdeu sua "essência".
Diante disso tudo, Ofélia precisa enfrentar os obstáculos tanto dos testes do fauno, quanto de sua nova vida na casa de seu padrasto, além das complicações na gravidez de sua mãe. O filme te leva numa eletrizante jornada pela percepção da guerra pelos olhos de uma criança, que luta para não perder sua inocência e alegria.
Com a magnífica direção de Guillermo del Toro (o mesmo que dirigiu Festa no Céu e outro maravilhosos filmes), O Labirinto do Fauno entrou para a história do cinema, e foi considerado o melhor filme de 2006.
Apesar de possuir um enredo principal simples, é carregado de magia e supera muitos filmes da Disney. Com certeza ficará guardado em minha memória como uns dos melhores e mais mágicos filmes que já assisti, porque aqueceu meu coração de ternura e alegria.
Classificação: 5.0 (0 a 5)
Extras (contém spoilers):
1) Uma curiosidade interessante sobre o filme é a analogia ao sistema reprodutor feminino. Sim, você leu direito. Isso pode ser observado nas seguintes imagens:

O desenho formado pelo sangue lembra muito a estrutura do sistema reprodutor feminino, e o sangue que o mancha depois faz relação com a hemorragia de sua mãe logo depois.

2) Falando dos desafios de Ofélia, o que eu mais gostei foi o segundo, com o Homem Pálido. Ele me lembrou MUITO o SlenderMan, e eu fiquei um pouquinho assustada...

3) No fim do filme, durante a chegada de Ofélia no palácio, também é mostrado ela sorrindo no chão, morrendo, deixando muitos com a dúvida sobre a existência do fauno e do Submundo. Eu prefiro acreditar que tudo existiu sim, e a magia ainda vive em nosso mundo...
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