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[Resenha] A Rainha Vermelha

  • Foto do escritor: Elisa Flemer
    Elisa Flemer
  • 22 de jul. de 2015
  • 3 min de leitura

Título: A Rainha Vermelha

Série: A Rainha Vermelha - Livro 1

Autora: Victoria Aveyard

Editora: Seguinte

Páginas: 424

Sinopse:

O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses. Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho? Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe - e Mare contra seu próprio coração.

Ao contrário de outros blogueiros, nem tinha ouvido falar do livro e só baixei porque estava na lista de destaques do Lelivros... A capa foi o que mais me "atraiu" e a sinopse mostrou-se interessante, uma distopia aparentemente inovadora.


O livro é narrado em primeira pessoa por Mare Brown, que nos apresenta seu universo. Ela, uma vermelha, vive num vilarejo lamacento com sua mãe, pai e irmã, que aprende o ofício de costureira.


Os primeiros capítulos do livro são destinados à ambientação do leitor, com descrições exageradas e tediosas. Porém, desde os primeiros momentos, já é possível perceber sua personalidade corajosa, protetora e revoltada com sua condição. Por ter sangue vermelho, ela e o resto de seu povo são condenados à servir os de sangue prateado, dotados de poderes sobrenaturais e comandantes do país.


"Os deuses ainda governam. Ainda descem das estrelas. Só não são mais gentis" (pág. 15)


Mare ganha a vida roubando e batendo carteiras, pelo menos até os dezoito anos, quando será alistada para o Exército. Destinada à morte certa, e a poucos dias da maioridade, sua última esperança é fugir com a Guarda Escarlate, uma organização rebelde dos vermelhos.


No entanto, tudo muda quando ela conhece Cal, um viajante que parece se compadecer se sua situação. Assim, no dia seguinte, a Guarda Real aparece em sua porta, oferecendo um cargo de criada no palácio.


À partir daqui a trama ganha forma, abandonando as descrições enormes e a monotonia, para cair de cabeça num mundo de descobertas. Mare logo descobre que o tal estranho, Cal, na verdade é o príncipe herdeiro, que está enfrentando algo muito parecido com "A Seleção", para escolher sua futura rainha.


E é durante essa Seleção que Mare descobre seus misteriosos poderes, que não deveriam existir, já que ela tem o sangue vermelho. Assim, a garota é obrigada a fingir ser uma princesa prateada perdida e casar-se com o segundo príncipe, Maven, para acalmar os ânimos e distrair o povo das revoltas.


"Você está fingindo que é uma prateada de sangue criada como vermelha. Você é agora vermelha na cabeça, prateada no coração" (pág. 87)


Só que, com os novos poderes, ela pode ser um exemplo de que os vermelhos não precisam se render aos prateados. Agora, cabe a ela escolher à quem servir; Guarda Escarlate ou família real?


O que eu mais gostei no livro foi o foco na justiça e ação, sem toda a atenção nos romances e triângulos amorosos, que deu mais realismo à história.


A complexidade dos acontecimentos e as reviravoltas me deixaram perplexa e viciada na leitura. O enredo fluiu e não me entediou nem um momento, pois cada capítulo continha ora conflitos instigantes, ora revelações arrebatadoras.


"Tanta coisa pode sair errado e há tanto em jogo. Minha vida, a de Kilorn, a de Maven: estamos todos arriscando nosso pescoço por isso." (pág. 190)


A personalidade de todos os personagens foi bem construída, e apesar dos poderes lembrarem um pouco X-Men, a história é inovadora e interessante.


A Rainha Vermelha foi um livro que chamou minha atenção pelo tema e enredo originais, personagens fortes e bem definidos, e pela escrita cativante de Victoria.


Classificação:

 
 
 

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