[Resenha] A Menina Que Tinha Dons
- Elisa Flemer
- 2 de jul. de 2015
- 2 min de leitura
Título: A Menina Que Tinha Dons
Autor: M. R. Carey
Editora: Rocco
Páginas: 384
Classificação: ****
Sinopse:
Cultuado autor de quadrinhos e roteiros da Marvel e da DC Comics, entre eles algumas das mais elogiadas histórias de X-Men e O Quarteto Fantástico, o britânico M. R. Carey apresenta uma trama original e emocionante em sua estreia como romancista com A menina que tinha dons, lançamento do selo Fábrica231.
Aclamado pela crítica, o livro se tornou um bestseller imediato na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos ao contar a história de Melanie, uma menina superdotada que faz parte de um grupo de crianças portadoras de um vírus que se espalhou pela Terra e que são a única esperança de reverter os efeitos dessa terrível praga sobre a humanidade.
Uma comovente história sobre amor, perda e companheirismo encenada num futuro distópico.
A Trama
Melanie passa os dias de sua curta vida em sua cela cinza. Todo dia, o sargento aparece no corredor e grita "Trânsito", e todas as crianças se arrumam e sentam-se em suas cadeiras de rodas.
Então, dois soldados entram em seu quarto, um aponta uma arma, e o outro prende seu pescoço, pulsos e tornozelos na cadeira. Todos são levados às salas de aula, onde aprendem equações, inglês, ciências e sobre como o fungo contaminou toda a população mundial. Transformando pessoas em famintos (zumbis).

A aula preferida de Melanie é a de Srta. Justineau, uma bela moça que conta lindos contos mitológicos e fala sobre o mundo fora da base. Melanie a ama.
De tempos em tempos, crianças somem, e nunca mais voltam. E chega a vez de Melanie. A garota é levada para o laborátorio de Caroline Caldwell, a diretora do experimento, onde será "dissecada" e terá seu cérebro explorado.
Porém, na hora da incisão, um ataque dos lixeiros (resistência) começa, impedindo a operação.
Em pouco tempo, Caldwell, o sargento, um soldado chamado Gallagher, Justineau e Melanie estão num Humvee barulhento fugindo do ataque. E o carro quebra.
À medida que o bloqueador de cheiros corporais acaba, Melanie começa a sentir uma fome extrema, e descobre que é um tipo diferente de faminta.
Agora, eles precisam sobreviver aos lixeiros e famintos, numa caminhada difícil rumo a Beacon, a única civilização pós-apocalíptica.
Opinião
O começo do livro é bem explicativo, contanto tudo de uma forma simples e singela pelos olhos da Melanie, pois sabemos tanto quanto ela.
No entanto, com o decorrer da história, a escrita muda de formato, com descrições detalhadíssimas e muita tensão.
Eu simplesmente amei a Melanie! Ela é muito altruísta, preocupada e faz de tudo para não "morder" ninguém.
Meus sentimentos pela Caldwell, entretanto, demoraram a tomar forma. Por mais que ela seja extremamente sangue-frio, só faz isso pelo bem da humanidade. Entra o conceito de ética e moral...
É interessante como a garota, antes temida por todos, começa a ganhar a amizade cada um (até mesmo de Caldwell) no final.
Por mais que tenha sido monótono em alguns momentos (como a descrição detalhada de incríveis oito páginas de como Caldwell extraía um cérebro e como era incrível a textura dos filamentos do fungo), fiquei triste quando virei a última página.
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