[Resenha] A Herdeira - Kiera Cass
- Elisa Flemer
- 31 de mai. de 2015
- 3 min de leitura
CONTÉM SPOILERS DOS LIVROS ANTERIORES
Nome: A Herdeira
Série: A Seleção, livro 4.
Autor: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Páginas: 390
Classificação: ****
Sinopse
Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais… Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.
A Trama
No último livro, America e Maxon se casaram e herdaram o trono de Illéa. O objetivo deles, como governantes, era acabar com as castas gradualmente, permitindo que as pessoas se acostumassem com as mudanças pacificamente.

Isso funcionou por um tempo, porém, com a total abolição do sistema, o preconceito aumenta, criando brigas, assassinatos e protestos contra às famílias que costumavam ser de castas inferiores e á própria família real.
Como forma de distração, Maxon e America sugerem uma outra Seleção, dessa vez comandada por uma mulher, a futura rainha Eadlyn. No entanto, a garota tem outros planos. Independente e fechada, a primogênita não quer se apaixonar ou casar, pois, para ela, o amor é uma fraqueza, e ela não quer ficar presa à ninguém.
Mas, com as súplicas de seus pais e as constantes rebeliões pelo país, Eadlyn concorda em fazer o evento por três meses. Entretanto, ela tem um plano. Resolve mostrar o pior lado de sua personalidade para os rapazes, querendo que eles literalmente saim correndo do palácio.
"Eu ainda tentava passar uma imagem de pessoa distante e impenetrável, mas notei que alguns caras não se incomodavam nem um pouco com a minha atitude." pág. 169
No entanto, com o passar dos dias, ela conhece garotos interessantes e divertidos, que mesmo a contragosto, acabam tomando um lugar especial em seu coração, e mesmo sem querer admitir, ela sabe que está começando a apaixonar-se.
"Alguns deles já haviam ganhado um lugar especial no meu coração, eu tinha consciência disso, mas como foi que todos se tornaram importantes para mim?" - pág. 374
Minha Opinião
Confesso que fiquei muito triste por ter esse distanciamento da America e do Maxon, pois aquele era o casal perfeito. Ver o mundo pelos olhos hipócritas de Eadlyn não se comparava a acompanhar o romance pela perspectiva da America.
Não consigo aceitar eles mais velhos e ainda não nutro sentimento pela protagonista. Ela é teimosa, fechada, isolada e convencida. Considera-se a rainha do universo e começa a ser detestada pelo povo por esse comportamento.
"- Você é Eadlyn Schreave. Será a próxima pessoa a governar esse país e a primeira garota a fazer isso sozinha. Nenhuma pessoa - prossegui - é tão poderosa quanto você." - Eadlyn Schreave para si mesma (pág. 11)
Os rapazes, entretanto, são doces, amáveis e estão "caidinhos" por ela, o que é meio triste perto de toda sua indiferença.
Ela sente que precisa expulsá-los de sua vida e controlá-la sozinha, não precisa de mais ninguém na vida. É fria, metida e não faz ideia de como sua vida poderia ter sido se não fosse a futura rainha.
Meus sentimentos mudaram um pouco em relação a ela durante a leitura, mas não chega aos pés da "paixão" que tinha por America.
É uma outra história, que não supera a primeira. Estou ansiosa para o quinto livro, pois talvez as coisas mudem e eu me sinta mais à vontade com Eadlyn... Até lá, sou uma rebelde do sul!
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